A Cruz de Jesus

O crucifixo não é um objeto ornamental nem um acessório de vestuário, mas é um sinal religioso a ser contemplado e compreendido

Estamos próximos das celebrações da Páscoa, e a liturgia de hoje nos convida a acompanhar Jesus rumo ao calvário. Essa experiência nos exige uma absoluta confiança em Deus, mesmo em meio às adversidades e a morte. O Evangelho deste 5° Domingo da Quaresma leva o nosso olhar para dentro da cruz, onde é revelada a glória de Jesus.

O crucifixo não é um objeto ornamental nem um acessório de vestuário, mas é um sinal religioso a ser contemplado e compreendido. Jesus crucificado revela o mistério da morte do Filho como gesto supremo de amor, fonte de vida e de salvação para a humanidade de todos os tempos. Fomos curados nas suas chagas.

Podemos pensar: como eu olho para o crucifixo? Como uma obra de arte, para ver se é bonito ou não? Ou olho para dentro, entro nas chagas de Jesus até ao seu coração? Não podemos nos esquecer de olhar para o crucifixo, mas olhar dentro dele. E ali aprendemos a grande sabedoria do mistério de Cristo, a grande sabedoria da cruz.

Significa que temos que pensar menos em si, nos interesses pessoais, e saber “ver” e ir ao encontro das necessidades do nosso próximo, especialmente dos últimos. Cumprir com alegria obras de caridade a favor dos que sofrem no corpo e no espírito é o modo mais autêntico de viver o Evangelho, é o fundamento necessário para que as nossas comunidades possam crescer na fraternidade e no acolhimento recíproco.

Quero ver Jesus, mas vê-lo dentro. Entrar nas suas chagas e contemplar o amor do seu coração. Que a Virgem Maria, que sempre manteve o olhar do coração fixo no seu Filho, da manjedoura de Belém até à cruz no Calvário, nos ajude a encontrá-lo e a conhecê-lo assim como Ele deseja, para que possamos viver iluminados por Ele, e levar pelo mundo frutos de justiça e de paz.


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